Harinera Vilafranquina
Companhia especializada no fabrico de farinhas e sêmolas de trigo.
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Origens da matéria-prima: o trigo
 
Enxada de madeira e pedra, (6000 anos A.C.) Sha'ar Hagolan (Israel)

Foice para ceifar com fileira de pedras serrilhadas (7500-4000 anos A.C.) Sha'ar Hagolan (Israel)

Sementes de trigo calcinadas (6500 anos A.C.) Tell Halula (Israel)

Tijolo com impressão de uma espiga de trigo (900-5500 anos) Jerico (Palestina)
O modelo económico actual arranca com a domesticação de plantas e animais. Esta revolução económica e simbólica inicia-se depois da última glaciação no Crescente Fértil do Próximo Oriente.

Esta transformação é produzida no Oriente num espaço de tempo de 4000 anos, desde 12000 até 8000 A.C., e num espaço geográfico vasto que abarca o que hoje são os estados da Síria, Líbano, Palestina, Israel, Jordânia, Iraque e Irão.

Aqui, as temperaturas mais suaves propiciaram o aparecimento de um manto vegetal rico em trigo e cevada, espigas que vão mudar o rosto do Mediterrâneo. Nos almofarizes junto aos fogos dos acampamentos, as pessoas que colhiam aprenderam a transformar este alimento armazenável. Depressa descobrem o segredo da agricultura, motivados pela necessidade de controlar o sustento diário, e, assim, é inaugurado o mundo da produção, da acumulação e da propriedade, passando aquelas sociedades da recolecção à produção de subsistência.

Dependentes dos cereais que ceifam com foices primitivas, começam a instalar-se junto às reservas naturais de sementes.

Com pedras e tijolos cozidos ao sol constroem as primeiras povoações permanentes de casas dotadas de celeiros e almofarizes, o instrumento básico da moagem.

Esta nova forma de viver e de pensar, baseada no excedente agrícola, propaga-se em poucos milénios por toda a bacia e constitui a origem dos primeiros estádios da antiguidade.

Na antiguidade, a agricultura dos cereais atingiu um carácter sagrado, uma vez que da quantidade e da qualidade das colheitas dependia o nível de vida de certos povos da bacia mediterrânica. As características nutritivas dos cereais, que deduziam que existiam, mas que não eram conhecidas como hoje, deram ao seu cultivo um valor transcendental.

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